Posted by : Felippe Barbosa
terça-feira, 2 de julho de 2013
Sete
facas possuía,
Sete
ações executou.
Dotada
de extasia,
Glória
não hesitou.
Com a
primeira, matou seu passado.
Dotado
de perturbações.
A
enfermeira, o ex-namorado,
Lançados
aos tubarões.
Com a
segunda, matou seus pais,
Culpados
por sua indiferença.
Valores
prontos se esvaíram,
Libertando
enfim sua crença.
Com a
terceira, matou jornalistas,
Independente
da ética ou ocasião.
Não
aguentou que tais moralistas
Limitassem
sua opinião.
A
quarta e a quinta se uniram,
Como
se fossem uma só.
Em
dois golpes, matou seu futuro,
E o
prazer de tornar-se avó.
Não
foi surpresa que a última fosse usada em suicídio.
O
único erro de Glória foi matar-se antes do fim.
Da
sexta faca, logicamente, ela havia se esquecido.
A sexta
ação não concluída é o que resta para mim.
Esse poema me dá arrepios.
ResponderExcluir