“Vocês acabaram de ser bombardeados com endorfina! O
hormônio do prazer!” diz a professora de spinning após liberar os alunos
triturados e empapados de suor que terão câimbras na bunda após sofrer com o
banco duro das bicicletas aeróbicas. O exercício pode ser uma tortura, mas
realmente, nos dá ânimo e disposição pra um resto de dia bem sorrido. Como se
queimar calorias sobre aqueles demoníacos aparelhos de metal nos fizesse sentir
que somos mais úteis do que amebas. A preguiça atrapalha. A vontade de fugir
pra comer uma coxinha também. Mas render-se a academia e sofrer aquela dose matinal
de exercícios não dá apenas um prazer pós-treino, dá um diferencial na
qualidade de vida.
Correto?
Mas este não é um texto didático
para alunos de fundamental falando sobre a importância da atividade física.
Porque disso todo mundo já sabe. Esse texto é pra falar de algo que muita gente
já sabe, mas não se arrisca a falar.
Os instrutores da academia.
Possuem uma simples função:
instruir.
Mas é claro, que dentro de todo
grupo de seres humanos, há sempre alguns diferenciados... no mal sentido. E é
destes especificamente que estou falando aqui. Dos instrutores que vão além de
instruir.
Chubble sabe bem que nunca fui
do tipo dotado de resistência física, qualidade gerada por nossas constantes
bacias de Doritos durante episódios de séries de TV. Começar a academia há
alguns meses não foi uma tarefa fácil. Mas todo pequeno sedentário deve começar
do início. Com calma e persistência.
Mas mal começam os treinos, e lá
vem um dos instrutores e ri na minha cara, porque eu não consigo fazer um dos
exercícios de peso até o fim. Dá licença, senhor, se eu fosse profissional, eu
seria instrutor, e não aluno.
Pois então que lá veio a outra
instrutora durante um dos exercícios de bíceps que, pra variar, eu não sei bem
o nome.
“- Vamos! Você não está
levantando direito! E pode aumentar esse peso!
- Eu sei. Tenho dificuldade com
esse exercício. Não tenho força nos bíceps. É a primeira vez que...
- Vamos! Levanta!
- Não consigo ir mais do que
isso! Vou abaixar um pouco o peso...
- Abaixar? Vai abaixar pra 15?
- Com o tempo, eu vou
aumentando, mas por enquanto meus braços não pegam 20 quilos...
- Vai colocar 15 quilos?! Isso
eu pego numa mão só.
- Sério? Ainda bem que quem tá
fazendo esse aqui sou eu e não você.”
Dá licença, moça? Em que momento
no contrato da academia a sua opinião veio inclusa nos benefícios? Sei que seu
serviço é estimular o pessoal a se esforçar cada vez mais. Mas se eu tô sentido
a porra do meu braço latejando, eu não vou aumentar a bosta do peso ainda mais!
Talvez amanhã...
O que a tal moça e alguns outros
do local não entendem é que nem todo mundo ali está procurando ficar com os
músculos do braço definidos no tamanho de melões. Alguns simplesmente estão
fazendo uma atividade física por questões de saúde.
Existe gente, tipo Chubble e Eu,
que decidiu encarar a vida ali no meio dos aparelhos porque sabe que a saúde
pede, mas não porque decidiu se render aos tão falados “padrões de beleza”.
Estou morrendo no spinning, sofrendo na esteira, me
acabando em abdominais, mas não tô a fim de ser do tipo que se gaba pela
quantidade de quilos que carrega. Se fosse orgulhoso, preferiria me gabar pela
quantidade de livros que eu leio.
Então, querido Instrutor que ri na minha cara, e prezada
Instrutora que critica minha falta de preparo. Fodam-se. Eu continuarei pegando
a quantidade de quilos que eu der conta. E aumentarei o peso um pouco de cada
vez, respeitando meus próprios limites.
No final do dia, quem paga a conta da academia sou eu
mesmo. E, por mais que eu saiba que vocês dois não estão lendo esse texto, eu
fico feliz em desabafar com o Chubble sem ter que perder a educação em público.
Mas saiba que da
próxima vez que um de vocês vier dar opinião onde não deve, minha cabeça estará
formulando uma única imagem:
Eles formado em educação física - ou pelo menos, é para ser - deviam saber que ninguém é igual a ninguém, cada pessoa sabe seus limites e devemos respeitar, creio que isso foi anti - ético. E eu sempre fico com receio de fazer academia, às pessoas pensam que todo mundo está ali para criar músculo, mas cada um vai por motivos diferentes, então acabei optando pela natação, que é uma boa.
ResponderExcluirhttps://nerdbookblog.wordpress.com/
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk a imagem do final me definindo :v
ResponderExcluirenfim, acho que cada um é livre pra escolher se faz ou não atividade física. eu tenho preguiça, mas volta e meia eu tento 'me mexer' um pouco... xD
tbm sou do tipo que - se for pra academia - nao vou querer ficar 'marombada' porque acho horrivel, será apenas pra manter os músculos firmes e só... ^^
queria que esses dois lessem o texto ^^
heehheeh
bjs...
Também acho terrível aquele povo que confunde saúde com músculos, quando há exagero fica feio, horrível. Atividade física é importante, mas a moderação também deve existir.
ResponderExcluirBjs, rose
Amei o post e a melhor imagem com certeza foi a última. hahahahahaha
ResponderExcluirÉ um porre instrutor de academia que fica te enchendo o saco.
Realmente exercício dá disposição, mas é um porre gente chata te rondando.
Lisossomos
Oi! Tudo bem?
ResponderExcluirEu amo praticar atividades físicas, mas, confesso que me identifiquei MUITO com esse texto. Eu pago academia e já deixei de ir inúmeras vezes por conta dessas "opiniões" dos profissionais. Cara, que coisa mais chata! Fica na sua. Nunca me esqueço de duas situações:
1 - logo quando eu comecei a malhar, estava fazendo a cadeira extensora numa boa e uma instrutora passa, olha para meus pesos e diz: "veio aqui treinar ou fazer fisioterapia"? Mas que ódio aquilo me deu! Depois disso, saí daquela academia e reclamei SIM da profissional para o dono do local. Nunca mais eu volto lá, não sou obrigada.
2 - Mudei de academia e o instrutor me obrigou a ir além do meu limite. Sim, ele me obrigou. Eu disse que eu não conseguia, que sabia do MEU limite e que não iria fazer. Levantei do aparelho e ele me puxou de volta e me encurralou e não deixaria eu sair dali a menos que terminasse o que ele "mandou". Resultado: três dias sem conseguir sair da cama (sorte minha que eu não trabalhava na época, pq nenhum chefe entenderia) e mais 4 andando que nem uma pata. Músculos distendidos... Uma porcaria!
Me diz onde isso é prazeroso?!!!
Enfim, encontrei uma academia onde me sinto bem e todos me respeitam! Mas, o triste mesmo é saber que o mundo tá cheio desses "profissionais".
Beijos,
Juliana Garcez | Livros e Flores
Olá, adorei o texto. Esse é um dos principais motivos pelos quais eu não curto academia. Alguns instrutores acham que todo mundo é igual, não entendem que cada um tem seu rítio, um condicionamento e procuram fazer exercícios por diferentes motivos.
ResponderExcluirSem contar que eu acho ridículo os marombas que ficam cheios de músculos na parte superior e quando você olha para as perninhas são uns palitinhos...parecem um triângulo invertido...é horrível!
Beijokas da Quel ¬¬
Literaleitura
Adorei o texto! Eu não sou muito fã de máquinas de academia - prefiro muito mais fazer algum outro tipo de esporte em grupo, ou ao ar livre. Realmente é ruim quando acham que você não está se esforçando ao máximo e resolvem extrapolar seu limite ):
ResponderExcluirBeijos,
Déia